Quem começou a acompanhar o futebol a partir da década de 1980 e teve a oportunidade de ver Maradona em campo consegue dimensionar o tamanho do craque. Foi o maior jogador que meus olhos viram em tempo real. Com a triste notícia, impossível não deixar correr uma lágrima no rosto.
Para quem ama o futebol, partiu um mito dos gramados. Carismático. Monstro sagrado. Nunca será esquecido o gol antológico contra a Inglaterra na Copa de 1986 no México, quando saiu driblando meio mundo, metendo com vontade na rede dos ingleses. A derrota argentina na Guerra das Malvinas, anos antes, faz parte desse contexto. Na mesma partida, fez o gol com a mão ou “La Mano de Dios”. Dieguito foi o grande protagonista da conquista da Argentino no Mundial do México.
O envolvimento político foi outro viés da personalidade de Maradona. Personagem polêmico, entre acertos e erros, viveu intensamente. Como humano, era imperfeito. Lutou contra uma triste dependência química. Na realidade, importa somente o que ele fez dentro das quatro linhas. Foi amado e idolatrado na Argentina. Buenos Aires verá uma das suas maiores despedidas na história. Maradona será sempre um Deus para os nossos hermanos. Partiu muito cedo aos 60 anos. Mas um gênio nunca morre!