O Jornal Clarín, um dos principais da Argentina, trouxe detalhes dos últimos momentos do ídolo Diego Armando Maradona antes de sua morte nesta quarta-feira (25). De acordo com a apuração da reportagem, o ex-meia não acordou disposto e estava incomodado por dois motivos: não ter conseguido comemorar seu aniversário com seus filhos e pela ausência de sua mãe, Doña Tota, morta há nove anos.
Segundo a publicação, o campeão mundial em 1986 despertou por volta de 10 horas da manhã. Relatou desconforto aos seus fiéis assistentes Maximiliano Pomargo e Johnny Espósito e retornou ao seu dormitório no bairro de San Andreas, na divisa entre Escobar e Tigres. Os amigos mais próximos foram comunicados da indisposição do ídolo argentino nos minutos seguintes.
Em menos de duas horas, as ambulâncias foram chamadas para socorrer Maradona, que sofreu uma parada cardiorrespiratória, mas não conseguiram, segundo a reportagem do Clarín, reanimá-lo.
De acordo com o Clarín, o ex-jogador estava angustiado nos últimos dias pela saudade dos familiares. No último dia 30 de outubro, quando completou 60 anos, não conseguiu reunir os seus quatro filhos para a celebração.
O principal motivo foi a internação de Diego Fernando, herdeiro italiano, que seguiu em Nápoles em tratamento da covid-19. Porém, a saudade maior ainda era de Doña Tota, mãe do ex-atleta, que morreu em 2011. Os relatos de pessoas próximas eram de que o esportista sentia falta da matriarca da família.
O nível de abatimento foi tão grande que o estafe argentino cogitou levá-lo a Cuba para um período de isolamento. Foi justamente na ilha caribenha que Maradona teve reabilitação em momentos difíceis de sua vida. Porém, o planejamento não foi levado adiante .