O mais importante no duelo do Grêmio contra o Botafogo era conquistar os três pontos dentro da Arena, para sair da incomoda posição perto da zona do rebaixamento. Outro aspecto que o Tricolor deveria dar uma resposta era na demonstração de vontade de vencer as partidas do Brasileirão. No transcorrer das rodadas da competição nacional, a equipe de Renato Portaluppi se mostrava em ritmo lento. A excessão foi o clássico Gre-Nal. Agregando jogadores liberados do departamento médico, a equipe gremista mostrou que pode mais.
O enfrentamento com o Fogão, apresentou a volta de Maicon em grande estilo. Não há a menor dúvida de que o camisa 8 é o toque de qualidade indispensável no time. Quando pega a bola, ele sabe dar o andamento das jogadas com passe qualificado. É o grande diferencial. Uma lástima é que Maicon não consegue ter uma sequência de partidas, atormentado por problemas físicos. Para o azar de Renato Portaluppi, não há no grupo gremista um substituto com os mesmos predicados. Resta ao treinador, saber dosar a utilização de Maicon para tê-lo o máximo de tempo em campo.
Outro ponto importante apresentado pelo Tricolor na Arena foi a efetividade de Pepê. Contra o Botafogo foram duas chances e dois gols. Após a saída de Everton Cebolinha, o fardo que foi colocado nas costas do guri é gigantesco. Indiretamente, toda a pressão de ser o substituto do principal jogador da equipe, parece que não faz o menor efeito.
Pepê, que tem muita velocidade, arrisca a jogada individual, partindo para cima dos marcadores. E o detalhe evidente é a capacidade de conclusão. Ele vai acumulando gols na temporada, em jogos importantes, como os clássicos Gre-Nais e a partida contra o Flamengo no Maracanã. No Brasileirão, já marcou cinco vezes. Cada vez mais, Pepê vai assumindo o protagonismo do ataque no time do Grêmio.