A tecnologia do árbitro de vídeo veio para corrigir os erros cometidos dentro de campo. O olho eletrônico está na sala climatizada para minimizar os problemas. Mas a máquina é operada por humanos. Por isso, tem problemas. Somos falíveis. Não posso acreditar que há má fé. Há incompetência. A impressão que fica é a grande falta de habilidade para se utilizar o recurso por aqui. A cada rodada do Brasileirão, discussões intermináveis surgem por causa do VAR.
No Brasil, a ferramenta que veio para facilitar a vida da arbitragem nos gramados do mundo, só atrapalha. A polêmica atuação da arbitragem de São Paulo e Grêmio ainda rende discussões em redes sociais e debates nos programas esportivos. O Tricolor quer com veemência a anulação do jogo. No mesmo caminho, os são-paulinos também cobram que a partida contra o Atlético-MG também seja revisada.
O diretor de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, personagem que conhecemos de perto e sabemos de sua seriedade e honestidade, parece perdido no meio do tiroteio promovido pelos clubes. A escala de final de semana é absurda. No principal jogo da rodada, entre Inter e Flamengo, o goiano Elmo Alves Rezende Cunha está escalado para operar o VAR. É o mesmo árbitro que teve uma atuação calamitosa contra o Grêmio no Morumbi. Como prêmio estará trabalhando no duelo de líderes. Na verdade, ele merecia ter ido para a geladeira pela incompetência.
O ponto crucial, é que as conversas que são estabelecidas entre os árbitros durante a análise dos lances devem ser divulgada. Hora da transparência total. Como todos os jogos tem transmissão de televisão, quando a partida é interrompida para a análise de algum lance, automaticamente se possa colocar no ar para ouvir aquilo que está sendo conversado pelo árbitro de campo e a turma do VAR. Simples assim.
Há alguma coisa a esconder? Creio que não. Tem que abrir a caixa-preta. Então, vamos liberar os áudios. A tecnologia tem que ser utilizada para coibir o erro. Caso contrário, o futebol brasileiro vai liquidar o VAR.