O presidente Romildo Bolzan resumiu, em vídeo publicado nas redes sociais do clube nesta terça-feira (20), o conteúdo do documento enviado pelo Grêmio à CBF para protestar contra a postura da comissão de arbitragem. Nele, é solicitada a anulação da partida, a lista de presentes na reunião com dirigentes do São Paulo, os motivos que levaram à troca de árbitros do jogo do sábado e que os áudios e imagens utilizados pelo VAR sejam sempre divulgados.
— O Grêmio não vai desistir enquanto não tiver uma situação clara a respeito disso — declarou, após pedir a união de todos os clubes do Brasileirão, e justificando a manifestação em vídeo como uma prestação de contas ao torcedor gremista: — Estamos atentos, nos posicionando, trabalhando, e queremos estabelecer a verdade dos fatos para ver se o futebol brasileiro não teve sua moralidade atingida.
O desempenho do árbitro principal da partida, Rafael Traci, da FIFA pela federação de Santa Catarina, voltou a ser criticado pela terceira vez nessa semana. O presidente Romildo Bolzan faz coro ao vice de futebol, Paulo Luz, que após a partida disse que a arbitragem brasileira está "sob suspeição".
— Arbitragem desastrosa, incapaz, e... Ficamos por aqui neste momento. Não deu dois pênaltis, não expulsou dois jogadores do São Paulo, não criou uma condição de domínio da partida nem coibiu a violência, e deu no que deu — listou Bolzan, nesta terça, e concluiu: — Houve nitidamente interferência da arbitragem no resultado do jogo.
Na segunda (19), o São Paulo foi ao STJD pedir para que o mesmo Traci e seus auxiliares envolvidos na derrota por 3 a 0 para o Atlético-MG, pela sétima rodada, não sejam mais escalados para jogos do tricolor paulista. Na ocasião, Traci era responsável pelo VAR que anulou indevidamente um gol são-paulino.
A outra solicitação do documento gremista enviado ao STJD é que a partida seja anulada, e os conteúdos em áudio e vídeo utilizados pelo VAR e árbitro principal para as tomadas de decisão sejam disponibilizados sempre aos clubes envolvidos nas partidas.
— Pedimos imagens e áudios, tudo aquilo que significou o processo de decisão do VAR, porque não percebemos em nenhum momento um gestual que determinasse conversa do árbitro com o var — explicou, definido a situação como "nebulosa".