Olhando como foi construído o placar do duelo de semifinal do segundo turno Gauchão, contra o Esportivo, pode passar a falsa ideia de que o Inter está jogando um futebol próximo da perfeição. Mas, na prática, não é bem assim.
É fato que a intensidade almejada por Eduardo Coudet começa a tomar forma. O time joga em um ritmo frenético, tem bom passe na saída de bola e marcação forte com Musto e Edenilson. Além disso, tem a movimentação constante dos meias Boschilia e Marcos Guilherme e a eficaz aproximação de Thiago Galhardo a Guerrero.
Claro que o desempenho arrebatador deve ter o desconto pelas fragilidades do adversário. Mas há uma questão na engrenagem que precisa ser calibrada: as laterais, que ainda dão uma contribuição menor do que o sistema de jogo necessita.
Pela direita, Saravia carece de sequência para encaixar. Com a expulsão na semifinal, Rodinei será o titular no Gre-Nal. Terá a árdua tarefa de marcar Everton. As atuações anteriores do lateral deixaram a desejar, tanto que o departamento de futebol do Inter foi buscar o argentino.
Já na esquerda, Moisés chega com força à frente. Defensivamente, acaba deixando algumas brechas pelo flanco. Coudet aposta muito nas jogadas pelos lados para o perfeito funcionamento do esquema.