A suspensão dos jogos de volta das quartas de final do Campeonato Catarinense, determinada pela Federação Catarinense de Futebol neste sábado (11), depois da confirmação de 14 casos de profissionais da Chapecoense contaminados pelo coronavírus, acende o alerta vermelho no Rio Grande do Sul. A partir desta segunda-feira (13), estão liberados os treinos coletivos, e o Gauchão está programado para voltar no dia 23.
A partir de agora, vai se ampliar o debate: está correta ou não a decisão do governador Eduardo Leite em liberar as atividades dos clubes e a competição estadual? O epidemiologista e reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, já se manifestou contrário à volta do futebol. Ele afirma que a medida não foi embasada em orientações científicas. Ainda conforme Hallal, a testagem dos times não é suficiente, já que os atletas circulam por outros ambientes.
Sinceramente, fico com sérias dúvidas se realmente não é o momento de esperar mais um pouco para tudo voltar, apesar de acreditar no rígido protocolo implementado pelos clubes daqui. Com a curva ascendente dos casos de covid-19 e aumento no número de internações nas UTIs, será que realmente é o momento de retomar os treinos com contato das equipes do Rio Grande do Sul?
Vale a pena arriscar em dar um passo à frente, podendo ter de retroceder logo ali? Difícil não ficar a dúvida no ar sobre a melhor medida.
