O último jogo do ano foi um retrato do que a torcida viu nesta temporada. O Grêmio levou 3 a 0 do Corinthians, em casa, e colocou um pouco de sombra numa tarde histórica, de adeus a Geromel.
Mais de 40 mil gremistas foram à Arena para se despedir e homenagear seu zagueiro. Mas viram um Tricolor se repetir em seus erros, mais do mesmo em um ano de pouco futebol, pouca organização em campo e problemas que precisam ser solucionados para que o 2025 não seja de dissabores e momentos aterrorizantes.
Foram 17 derrotas no Brasileirão, quase um turno inteiro, e 50 gols sofridos. Somados os dois últimos campeonatos, foram 106 gols. O que dá média de 1,41 por jogo.
Não fosse a tarde de festa para Geromel, em um evento muito bem organizado e pensado pelo Grêmio, o fechamento do ano seria daqueles em que a torcida deixaria muito clara sua posição sobre que caminho o clube deveria tomar para a próxima temporada — no que diz respeito a time e comando técnico.
O zagueiro até teve boa atuação no pouco mais de uma hora em que esteve em campo. Desarmou, teve presença e liderou. Porém, ele próprio foi vítima desse Grêmio que deixa defensores em "profissão perigo".
O pênalti cometido por Geromel em Yuri Alberto, no final do primeiro tempo, comprova isso. Todo mundo transitou na frente da área do Grêmio em 2024. Desde o Santa Cruz, rebaixado no Gauchão, ao Corinthians, que ganhou com naturalidade nesta última rodada do Brasileirão.
O adeus de Geromel é só o primeiro capítulo de uma reformulação que será necessária para o próximo ano. Principalmente, na linha de defesa e primeiras posições do meio. Kannemann, o único remanescente dos anos dourados, 2016 e 2017, já sente a passagem do tempo. Reinaldo está de saída.
O Grêmio precisa não de um, mas de dois laterais-esquerdos. No lado direito, João Pedro tem que ter concorrente, até para que se mantenha sempre em alto nível. A zaga terá de receber, pelo menos, mais dois nomes. Um, pelo menos, para chegar e jogar.
Tudo isso, porém, está pendurado na definição da ideia de futebol que o Grêmio pretende buscar. Esse é o ponto de partida. Depois dele, está a definição do técnico e de que metodologia de trabalho ele terá de cumprir. Isso é urgente, porque é a etapa que precede todo o campo.
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