Há um bom tanto de 2024 pela frente. Três meses e 15 rodadas, para ser mais preciso. Porém, o Grêmio viu deflagrar seu 2025 de forma precoce.
A entrevista de Renato para Zero Hora trouxe o primeiro facho do Ano Novo, quando ele revelou o interesse de alguns clubes no decorrer de 2024. Depois, pela informação vinda de São Paulo, pelo ex-companheiro aqui da Gaúcha Chico Garcia, de que o Cruzeiro pensa no seu nome para 2025.
Porém, aqui há uma ressalva. Ou melhor, duas. Os mineiros não descartariam trocar de treinador ainda neste ano. Fernando Seabra sofre grande pressão, embora tenha resultados. Cuca e Fernando Diniz, nessa ordem, seriam os candidatos ao cargo.
Ou seja, se o Cruzeiro fizer a mudança agora, esse será um posto já ocupado, provavelmente, para a largada do próximo ano.
As informações de interesse em Renato estão longe de ser novidade. Esse é um roteiro que se repete a cada reta final de ano quando ele está no comando do time.
Pelo nível do seu trabalho e por, claro, movimentos estratégicos de mercado. O discurso interno na Arena é de que, como também se repete todos os anos, a renovação será tratada apenas depois de encerrada a temporada. Foi assim no final de 2022 e se manteve em 2023.
A diferença par 2025 é de que o Grêmio estará iniciando um ano eleitoral. O que interfere muito em todas as decisões que serão tomadas.
Alberto Guerra não dispensará Renato, pelo ônus político que isso trará. O treinador sabe que a renovação passa mais pelo desejo dele do que do próprio clube diante desse cenário. Mesmo que o resultado ao final da temporada não seja de vaga numa das Copas continentais e traga apenas um desfecho seguro, sem sustos do Z-4.
Porém, há um terceiro cenário que pode representar uma solução boa para todos, com o técnico entendendo um final de ciclo e saindo em comum acordo.
Guerra não carregaria esse selo de demissão do técnico-ídolo e poderia buscar, para o ano da eleição, uma mudança capaz de alterar o roteiro dos últimos 10 anos, em que o Grêmio alternou entre Felipão, Roger e Renato, com curtos intervalos de Tiago Nunes e Vagner Mancini.
Quem sabe até mesmo de um nome estrangeiro para assumir um grupo que, hoje, conta com 10 jogadores de fora do Brasil, de venezuelano a dinamarquês.
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