Foi, de fato, a masterclass esperada. Com alguns extras de presente. Real Madrid 3 a 3 Manchester City foi um daqueles jogos históricos. Em alguns momentos, me remeteu à final da Copa do Mundo de 2022, uma das melhores partidas que tive o privilégio de assistir ao vivo. Se não foi a melhor. Mais do que gols, o jogo desta terça-feira (9) à noite, em Madri, teve todos os elementos de um espetáculo com bola.
Carlo Ancelotti e Pep Guardiola travaram uma disputa de estratégia e tática que merece horas de análise. O Real saiu com Vini Jr. como um meia-atacante, por dentro, e Rodrygo aberto na esquerda, como ponta. Bellingham foi um falso nove. Camavinga jogou de zagueiro. No City, Guardiola alinhou quatro zagueiros na defesa. Mas um deles, Stones, virava quase meia na fase ofensiva.
Foi um jogo daqueles capazes de magnetizar quem estava assistindo. Um piscar de olhos trazia o risco de perder algo que acontecia no campo. Em 15 minutos, o City havia feito 1 a 0 e o Real virado em 2 a 1, sendo o segundo um passe de Vini para Rodrygo corre em profundidade.
No segundo tempo, o City fez 3 a 2 em dois chutes de fora da área. Um deles de Gvardiol, aquele zagueiro jovem da Croácia que eliminou o Brasil na Copa. Nesta terça, ele jogou de lateral-esquerdo.
No fim, para fechar a noite e luxo, Vini deu mais uma assistência. Dessa vez, atravessou um cruzamento par o uruguaio Valverde acertar de primeira. Feliz de quem viu tudo ao vivo no Santiago Bernabéu. E de quem viu pela TV também. Até aqui em Barcelona, onde estou vivendo, teve gritos eufóricos a cada gol. Não tinha como ficar indiferente.
Rodrygo chegou a 19 gols em Champions League e se isolou como o brasileiro com mais gols pelo Real na competição.