O Grêmio precisou suar bicas no primeiro tempo para encaminhar a sua vaga. O gol de Cristaldo aos 44 minutos rompeu uma barricada armada pelo Brasil de Pelotas diante de sua área. Uma, não, duas. Porque Fabiano Daitx sabe como poucos armar um ferrolho defensivo e estruturou seu time com uma linha de cinco na frente do goleiro e uma linha de quatro na frente dessa. Deixou só o centroavante mais avançado, mas nem tanto assim. E deu a bola para o Grêmio.
O time de Renato mostrou uma dificuldade para sair dessa marcação tão forte. Havia pouca movimentação e trocas de passes com velocidade insuficiente para tirar do lugar os jogadores do Brasil. João Pedro abria na direita, Gustavo Nunes pela esquerda, deixando o meio para Pavon, Cristaldo, Villasanti e Pepê. Diego Costa, enfiado entre três zagueiros, pouco conseguia.
Foi só quando Gustavo Nunes saiu da ponta e veio para o meio iniciar as jogadas é que o Brasil de Pelotas saiu do lugar. Na primeira, criou a jogada que teve, na sequência, o gol impedido de Diego Costa.
Na seguinte, ele, aberto na esquerda, tocou para Cristaldo tirar o marcador e fazer um golaço, em chute de fora da área. Ali, a classificação estava carimbada. Havia a vantagem do empate e um adversário sem aptidão para atacar, que tinha menos de um gol por jogo.
Depois disso, o Brasil de Pelotas saiu mais, trocou marcadores por jogadores de características ofensivas. O Grêmio, no entanto, o controlou e seguiu no ataque, controlando as ações. Chegou ao segundo gol, com Diego Costa, em lance de oportunismo.
Renato teve o luxo de tirar quem tinha cartão amarelo, de preservar quem já estava desgastado e de testar mais uma vez uma ideia com Dodi de zagueiro, usada já algumas vezes para deixar o time mais ofensivo. Em resumo, foi uma noite em que o Grêmio passou sem sobressaltos para a semifinal e viu mais uma jornada de afirmação do seu guri, Gustavo Nunes, muitas vezes parado só com faltas.