O Inter esteve muito perto de fechar, há algumas semanas, com Salomón Rondón, 33 anos e 1m86cm, venezuelano que estava no Everton, da Inglaterra. Havia conversações bem adiantadas, inclusive, com alguns pontos do acordo já costurados.
Só que, quando o negócio estava se encaminhando para os detalhes finais, o River Plate chegou com trunfos que desviaram Rondón de Porto Alegre. O principal deles, a relação entre ele e o técnico Martín Demichelis.
Os dois foram companheiros no Málaga, da Espanha, nas temporadas 2010/2011 e 2011/2012. Na época, comandados pelo chileno Manuel Pelegrini, outro histórico do River, chegaram a brilhar na Liga dos Campeões.
Rondón fez longa carreira na Europa. Em 2008, aos 19 anos, trocou o Arágua pelo Las Palmas, da Espanha. Na temporada seguinte, chegou ao Málaga. Em 2012, tomou o caminho do Rubin Kazan. Na Rússia, ainda defendeu o Zenit, antes de desembarcar na Premier League para quatro anos entre Newcastle e West Bromwich.
Em 2109, foi vendido por 18 milhões de euros para o Dalian, da China. Porém, o mercado por lá definhou e Rondón voltou para um semestre na Rússia, onde jogou com Mário Fernandes no CSKA. Em 2021, chegou ao Everton e foi alternativa a Richarlison.
Rondón é o maior artilheiro da história da seleção venezuelana, com 34 gols. Tinha contrato até a metade deste ano com o Everton. Mas estava fora dos planos e vinha sem atuar desde outubro. O que facilitou um acerto para que saísse como jogador livre.
O que se encaixava como negócio com o modelo buscado pelo Inter, de garimpar jogadores pelos quais não precisa comprar direitos econômicos. Rondón estava treinando com preparador físico particular em Málaga antes de chegar a Buenos Aires. Desembarcou em forma e estreou pelo River no último fim de semana, contra o Belgrano. Ao final, quase marcou o gol que empataria a partida.
Rondón foi só mais um dos nomes tentados pelo Inter. Borré sinalizou de forma positiva à investida do clube gaúcho, agradou-se da oferta, mas o Eintracht Frankfurt aceitou apenas vendê-lo. Recusou até mesmo um modelo de negócio em que negociaria parte dos direitos, com gatilhos que obrigassem o Inter a adquirir mais fatias conforme seu rendimento em campo.
Alario, também do Eintracht, foi tentado, assim como Benedetto, do Boca. Kaio Jorge esteve no radar, mas as dificuldades de negociação e o longo período de inatividade inviabilizaram avanços. A busca segue e deverá, a partir de agora, tomar um caminho nacional, com um reforço chegando imediatamente, sem tirar do horizonte os nomes da Europa buscados agora.