A assinatura de um acordo com investidores realizada pela Liga Forte Futebol (LFF) nesta segunda-feira (6), e a possibilidade de que R$ 200 milhões sejam depositados na conta do Beira-Rio nos próximos 18 meses, animou o torcedor do Inter que anseia pela chegada de reforços para a disputa da Libertadores.
No entanto, a diretoria colorada não conta com esta verba para efetuar contratações de novos jogadores. A ideia inicial é destinar esta arrecadação para amortizar dívidas.
— O Inter não conta com recursos que não estão garantidos. O Inter faz seu planejamento em cima da verba que está no orçamento feito no final do ano passado. A partir daí, qualquer coisa a mais que venha, por óbvio, nós vamos enfrentar um endividamento, que também é importante que seja enfrentado para que a gente possa melhorar as condições do clube — declarou o presidente Alessandro Barcellos, em entrevista no último domingo.
Conforme noticiou o colunista Leonardo Oliveira, o contrato ainda precisa ser aprovado pelos Conselhos Deliberativos dos 26 clubes que formam a LFF. Além disso, seria preciso chegar a um acordo de unificação com outros 14 times da Libra.
Somente a partir daí é que o contrato seria assinado e o dinheiro seria repassado aos 40 componentes do campeonato. Ainda assim, apenas 50% do valor (R$ 100 milhões) seria depositado no ato. Outros 25% entrariam nos 12 meses seguintes e os 25% restantes no 18º mês.
— Esta é uma caminhada. A gente já deu passos importantes. Estamos concretizando a cada momento, mas falta muita coisa. A partir da definição de um escopo de negociação, precisamos que todos os clubes façam o seu dever de casa. Ou seja, analisem e avalizem isso para que a gente possa dar o segundo passo, que aí sim é firmar os contratos definitivos e ter acesso a algum recurso — explicou Barcellos.
O grupo norte-americano Serengeti Asset Management, com quem o acordo foi firmado, deu como prazo até o final de abril para que cada clube volte com a resposta de seus conselheiros, para que o desfecho ocorra em até 150 dias.