A vida depois do Melgar dá sinais de que dois garotos começam a ganhar mais espaço com Mano Menezes. Johnny e Mauricio foram peças que se encaixaram perfeitamente na ideia de jogo proposta para dissolver o jogo de passes e envolvimento do Fluminense de Fernando Diniz. Com os dois guris de 21 anos, o meio-campo ganhou vitalidade, força e uma capacidade de marcar e atacar ausentes havia algum tempo no Inter.
Edenilson e Alan Patrick são donos de capacidade técnica indiscutível. Não é esse o ponto da discussão. O fato é que, por característica, como no caso de Alan, ou mesmo por um esgotamento mental e físico, no caso de Edenilson, seria impossível para o Inter jogar naquele nível de pressão e com marcação tão severa contra um adversário. Foi isso, aliás, que faltou na decisão com os peruanos.
Edenilson, aliás, é uma incógnita neste momento no Inter. A perspectiva é de que, até segunda-feira (22), ele esteja livre das dores no joelho, provocadas por um edema. Porém, ninguém coloca todas as fichas na sua permanência no Beira-Rio. Houve uma sondagem de um clube do mercado árabe, porém, nada além disso.
É consenso de que há um esgotamento na relação e um litígio com a torcida. Não será surpresa, inclusive, que Edenilson, caso permaneça, seja um jogador mais usado fora do que em casa. Porém, poucos apostam de que esse cenário seja necessário.
No caso de Mauricio, há perdas e ganhos com sua entrada no time. Numa comparação com Alan Patrick, há perda de repertório técnico. Por outro lado, há o ganho de movimentação e dinâmica.
Com ele, Mano ganha um jogador que fecha o lado direito e tem força para partir dali em direção ao meio, onde participa da criação das jogadas. Sem contar que sua capacidade física permite pressionar alto e bloquear a saída de bola do adversário. Se Mano mantiver essa ideia de um time intenso e agressivo na marcação, os dois guris estão muito perto de virarem titulares.