Será a primeira vez em Brusque. Será um jogo com a cara da Série B, em campo sem as condições ideais, em estádio acanhado e com a pressão da torcida. Mas tudo isso chega em um momento no qual o Grêmio criou uma couraça capaz de absorver as durezas da Série B.
São 12 jogos sem perder na competição, pés fincados no G-4 e um dado que comprova a solidez defensiva construída por Roger Machado: são quatro jogos sem levar gol. O último, no 1 a 1 com o CSA, já tem quase um mês. Aliás, muito do crescimento do Grêmio nas últimas semanas se deve à blindagem de seu gol. São apenas cinco gols sofridos em 18 jogos.
O ataque, é verdade, fez apenas 18, recém começa a esquentar os pés. Mas Roger optou pelo caminho de, ali atrás, golear por 1 a 0. Só por isso pode desembarcar, agora, em Brusque, sem medo das armadilhas que o time pode encontrar no Vale do Itajaí.
A partida desta noite tem o simbolismo de fechar a primeira parte da travessia pela Série B. O constrangimento de singrar o interior do Brasil e encarar o mundo particular da Segunda Divisão parece ter ficado para trás. O Grêmio entendeu o mundo em que estava metido e tratou de encará-lo. Deu passo atrás fechando o time para dar vários à frente, como fez nesta reta final de turno.
Nesse pacote, nomes importantes voltaram a ter protagonismo. Caso de Geromel, o craque da Série B. Aliás, não é coincidência que o craque da competição até aqui seja um zagueiro. Essa é uma competição de luta, de defender o que é seu primeiro, para depois buscar o que é do outro. O Grêmio entendeu isso.