Enfim, o Inter venceu. Não convenceu, é verdade, mas quebrou uma série de cinco jogos com empates e 40 dias sem ganhar. Mais do que isso, o 2 a 0 sobre o Bragantino ajuda a afastar o furacão que estremeceu a semana, com protesto dos jogadores por atraso no pagamento de direito de imagem de parte do grupo.
Os jogadores estavam sob a lupa da torcida e mais um empate com atuação opaca traria questionamentos e contestações para o ambiente. Ainda há um longo caminho pela frente para Mano Menezes, porque a atuação foi desequilibrada em boa parte da partida.
Os primeiros 30 minutos foram de pavor, com o Bragantino acertando duas bolas na trave e ainda houve um milagre de Daniel. Tudo isso diante de um time passivo e sem qualquer imposição para brecar o ímpeto do rival.
A partir do final do primeiro tempo, o Inter equilibrou as ações. Porém, saiu para o intervalo sem ameaçar. Isso contra um adversário que está abalado e pressionado, com seus jovens acusando a série de eliminações e oito jogos sem vitórias. Mano fez uma escolha que explica muito essa falta de predomínio e até intensidade do time.
Ao iniciar com Gabriel no lugar de De Pena, ele alinhou-o com Rodrigo Dourado, que errou quase tudo no primeiro tempo e só melhorou a partir do momento em que o time jogou com as linhas próximas e recuadas. A entrada de De Pena, no lugar de Dourado, foi um sol a iluminar o time. Alan Patrick passou a ter alguém com quem dividir as funções criativas.
O time, além disso, ganhou fluidez e uma saída melhor de trás. Mesmo assim, o jogo ficou duro de ver. O Inter imobilizava o Bragantino, que não teve arremate no segundo tempo, mas pouco ameaçava. Até o gol de Jhonny, aos 47, e o pênalti convertido por De Pena, aos 52. Era preciso ganhar. E isso aconteceu.