Demoraram cinco jogos para Bitello se tornar o ponto de equilíbrio do Grêmio de Roger Machado. É o sétimo jogador, como definiu o técnico na entrevista pós-conquista do penta. O sétimo diz respeito à matemática de contar sempre com sete jogadores atrás da linha da bola e, quando atacar, ter no mínimo quatro à frente dela. Isso sem contar o goleiro.
Só é possível ter 11 com 10 jogadores porque Bitello exerce papel duplo, com sua dinâmica em campo. A intensidade, revela Roger, é de jogador de padrão europeu.
Bitello, 22 anos, começou o ano no fim da fila de volantes. Mas, a partir do jogo contra o Novo Hamburgo, em 19 de fevereiro, atropelou os demais. A maturidade para jogar impressiona. Mas não espanta quem o acompanhou no começo da carreira no FC Cascavel.
Ele chegou em 2017, para o sub-17. Um ano depois, pulou direto para o profissional e disputou alguns jogos do Paranaense. Foi quando entrou na órbita do Grêmio, para onde veio em agosto de 2018. Na época da negociação, em entrevista para o Jornal de Beltrão, o gerente geral do FC Cascavel, Sebastião Marques, revelou que o Inter havia entrado na disputa pelo jovem meio-campista. Porém, o Grêmio foi mais rápido. Colheu o fruto da sua agilidade agora.