Há meio janeiro pela frente e uma janela que se estenderá até abril. Mas já dá para apontar um Grêmio para a largada desta temporada de retorno à Primeira Divisão. Ele teria oito jogadores de 2021: Chapecó, Geromel, Diogo Barbosa, Thiago Santos, Lucas Silva, Douglas Costa, Diego Souza e Ferreira. Por coincidência, ingressariam nessa formação o trio buscado no São Paulo, Orejuela, Bruno Alves e Martín Benítez. Os treinos e o rendimento nestes primeiros jogos poderão alterar essa formação, mas são pequenas as chances de que Vagner Mancini fuja dela como ponto de partida.
Talvez, a única dúvida fique entre o estrangeiro que atuará na meia, por trás de Diego Souza. Campaz fechou 2021 como titular e se saiu até bem, dentro daquelas circunstâncias do Grêmio na reta final do Brasileirão. Mas o diagnóstico é de que ainda precisa ser mais lapidado e ajustar alguns pontos. Por isso, larga, no meu ponto de vista, atrás de Benítez, o meia buscado por Denis Abrahão para dar o toque de qualidade e o passe imprevisível.
Mancini fechou 2021 usando uma ideia de jogo com dois jogadores por dentro e extremas que variavam entre jogadas de flanco e entradas para dentro. Como Orejuela e Diogo Barbosa são laterais agudos e que buscam a linha de fundo, esse movimento de Douglas e Ferreira da ponta para o meio deve se repetir. Toda essa análise e projeção, repito, se faz partindo da ideia de que eles permanecerão na Arena. Ferreira, por exemplo, estaria na mira do Flamengo como substituto de Michael, caso se confirme sua venda para o futebol árabe.
Nominalmente, é inegável que se trata de um bom ponto de partida. Ainda mais se usarmos como comparação a régua da Série B, em que o universo é de jogadores ainda em busca de afirmação ou daqueles estabelecidos nesse mercado. A Copa do Brasil e o Gauchão serão bons balizadores e servirão de campo de ajustes para a missão que primordial, que é a volta à elite. Um dos pontos à serem observados, por exemplo, é o equilíbrio de um time que terá um trio de meio e um centroavante sem a velocidade como principal característica. Mancini, desde já, precisa buscar caminhos para compensar a dinâmica com os laterais e o extremas. Talvez esse já seja o primeiro desafio dele neste começo de 2022.