O Inter já trabalha forte para resistir ao assédio europeu por Yuri Alberto em janeiro, na janela de inverno. A direção sabe que o centroavante está no radar de clubes da Espanha e da Inglaterra. Prevê que não demorarão a chegar as primeiras investidas. Também sabe que o entorno do jogador enxerga com muito bons olhos a saída para a Europa e o salto na carreira. Por isso, há um plano para mostrar a Yuri que o melhor, para ele, é esperar o meio do ano. Aliás, essa é a janela ideal para o clube também. Além de contar com ele em mais um semestre, numa possível arrancada na Libertadores, os negócios no verão europeu são em patamares maiores.
Os números de Yuri pelo Inter, os 20 anos completados em março e as convocações para as seleções sub-20 e pré-olímpica fazem dele nome obrigatório nas listas dos scouters dos principais clubes europeus. Trata-se de um garoto com idade sub-20 que já conta 74 jogos como profissional em duas temporadas no Beira-Rio. Segundo o Footstats, em 49 deles, ele foi titular. São 28 gols pelo Inter, além de cinco assistências. O que dá uma participação em gol a cada 138 minutos. Os três gols marcados contra a Chape já haviam acontecido contra São Paulo e Flamengo. Tudo isso no intervalo de 10 meses.
A projeção no Beira-Rio é de que a venda de Yuri se iguale à de Oscar, negociado com o Chelsea em 2012 por 26,5 milhões de euros. O clube estima que Yuri, com os números e os gols, também chegue a esse valor. A diferença é que, no caso do centroavante, o clube detém 75% dos direitos (o Santos tem 5% e a família e o agente do jogador, o restante). Oscar tinha 50% dos direitos econômicos ligados ao Inter.
Se Yuri está com a cotação em alta, Guerrero, outra figura carimbada do ataque, parece estar em mão contrária. A volta da seleção peruana de forma antecipada, por lesão, e a dificuldade para retomar o nível técnico depois da cirurgia formam apenas um um lado das dificuldades na permanência dele para 2022.
Guerrero é, hoje, o jogador de custo mais elevado do grupo, pelo pacote inteiro de uma negociação que envolve salário e luvas. Para seguir, precisará baixar de forma considerável seus vencimentos. Segundo fontes do clube, há uma questão jurídica que precisa se levada em conta, pelo fato de a renovação se tratar de sequência de vínculo. Ou seja, tudo se desenha para que o ciclo de Guerrero no Beira-Rio esteja perto do final.