O Inter de Diego Aguirre continuará com as mudanças a cada partida. Foi assim contra o Corinthians, sábado (3), quando o técnico uruguaio saiu com uma equipe com surpresas, como Léo Borges em uma segunda linha pela esquerda, o colombiano Juan Cuesta no flanco e a volta de Mauricio.
O time até teve um bom primeiro tempo, quando chegou ao 1 a 0. Mas, aqui, outra característica do trabalho do uruguaio: a postura agressiva dura até fazer a vantagem. Depois disso, passa a atuar de uma forma mais reativa, com as linhas recuadas e à espera do vacilo do adversário para matar o jogo em contra-ataque. Esse lance não veio contra o Corinthians, mas houve um controle das ações do jogo até levar o empate e ver uma vitória importante escapar.
Mas, voltando ao rodízio, os colorados que estranhavam o estilo de Miguel Ángel Ramírez de mudar o time a cada novo adversário precisam se conformar. As mudanças seguidas no time seguirão com Aguirre.
Os motivos para trocas são outros, que fique claro. O primeiro é que, nesta largada, o uruguaio usa os jogos para conhecer seus atletas em ação. Não há tempos para treinos. Nesta segunda-feira, ele realizará apenas a quinta sessão desde a apresentação no Inter, há duas semanas. Assim, o jogo vira também campo de observação. O segundo motivo é que, com calendário com partidas a cada 72 horas, é necessário preservar quem estiver no limite físico.
Aguirre já adota, normalmente, o rodízio como um dos pilares de seu trabalho. Seus times contam com 15, 16 titulares e quase nunca se repetem. Nesse panorama atual no Brasil, com três jogos em uma semana, ele apostará ainda mais nessa ideia.
A direção, ao contratá-lo só fez uma exigência: nada de seis, sete trocas a cada partida. Aliás, foi por proceder assim, contra o Fortaleza, que Ramírez começou a encurtar sua passagem por aqui. No caso de Aguirre, o combinado é que as mudanças não passem de três. Não entram nessa conta, claro, aquelas forçadas por lesão ou cartão.
Mercado e Sidnei
O Inter entra em uma semana decisiva para buscar reforços visando às oitavas da Libertadores. O clube tem até a próxima segunda-feira para enviar a nova lista com até cinco trocas. O clube já fechou com o zagueiro uruguaio Bruno Méndez e o lateral-esquerdo Paulo Victor. Duas outras vagas podem ser preenchidas com as chegadas do argentino Gabriel Mercado e do zagueiro Sidnei.
O Inter segue em tratativas com os dois. Mercado está livre e discute apenas a questão do tempo de contrato. Sidnei, por sua vez, precisa se desvincular do Bétis. Seu contrato vai até junho de 2022. Porém, o clube espanhol descartou-o para a próxima temporada e pretende usar jogadores mais jovens e mais baratos do que ele, que recebe 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 9 milhões) anuais de salário na Espanha.
Sidnei jogou apenas 15 jogos com Manuel Pelegrini na última temporada. Na anterior, também ficou nesse patamar de aproveitamento. Seu melhor ano foi em 2018/2019, quando fez 34 partidas. Ele completará 32 anos em agosto.