Ainda não será contra o Santos que o torcedor do Grêmio verá Douglas Costa desde o começo. A tendência é de que ele comece no banco de reservas e seja chamado a partir do intervalo. Contra o Sport, Douglas entrou ao 17 minutos do segundo tempo. Jogou mais de 30 minutos, fugindo até mesmo do plano inicial da comissão técnica, de colocá-lo apenas para atuar nos últimos 15 minutos.
Mesmo que o jogador, na saída de campo em Recife, tenha pedido mais minutos, só o argumento e que só assim ele ganhará ritmo, a ideia de Tiago Nunes é seguir estritamente o planejamento elaborado pelo preparador físico Reverson Pimental e pelos fisiologistas. A questão maior, porém, não o quanto Douglas vai jogar, mas onde. Mesmo que ele tenha alcançado o sucesso na Europa como extrema, cada vez mais cresce a perspectiva de que ele retome na Arena a função que exercia no Olímpico, quando foi lançado em 2008, aos 18 anos.
Naquele 4 de outubro de 2008, um franzino Douglas apareceu para a torcida na vitória de 2 a 1 sobre o Botafogo jogando na meia, no 3-5-2 de Celso Roth. Tinha como parceiros no setor os volantes Willian Magrão e Makelelê. Foi assim também que chegou à seleção sub-20 no Sul-Americano no começo de 2009, usando a camisa 8 e sendo destaque na conquista do título.
Passados 12 anos, Douglas não descarta voltar às origens. Como meia central, ele estaria desobrigado do desgaste de fechar o corredor, função básica do extrema. Sem contar que estaria a pleno para a fase ofensiva do jogo e, principalmente, para buscar o gol em jogadas rápidas ou chutes de fora da área.