O afastamento de Rogério Caboclo por 30 dias tem efeito de um jato de extintor de incêndio para aplacar as chamas que fervem o ambiente na CBF e na Seleção Brasileira. A saída do presidente, por determinação do Comitê de Ética, é uma busca dos caciques de retomar as rédeas e tentar contornar uma crise que entrou forte no vestiário da Seleção.
Tite estaria desgostoso com os movimentos silenciosos de Caboclo para contratar Xavi e colocá-lo sem consultá-lo na comissão técnica. O clima já era ruim e azedou com a costura do dirigente com a Conmebol e o Palácio do Planalto para abrigar uma Copa América fora de hora e de lugar e sem propósito de acontecer.
O treinador e os jogadores firmaram uma posição única, que seria de não disputar a competição. O afastamento de Caboclo é uma cartada para contornar uma crise que virou tópico no acirrado debate político que divide o Brasil. Resta saber, e isso só acontecerá nesta terça-feira (8), se a mexida no comando da CBF será suficiente para mudar a posição de Tite e seus jogadores.