A liberação para a construção de duas torres no área do entorno do Beira-Rio deu mais um passo na noite de terça-feira. A Câmara de Vereadores realizou uma uma audiência pública online para que a população pudesse conhecer o projeto do Inter e tirar dúvidas.
O vice-presidente de Negócios Estratégicos, João Pedro Lamana Paiva, que conduziu todo esse processo, foi o representante indicado pelo clube para apresentar o plano de construção de uma torre de 80 metros e outra de 130 metros, que será a mais alta do Estado. Além dele, o arquiteto Fernando Balvedi, sócio-diretor da HypeStudio, escritório responsável pelo projeto, ficou à disposição para responder às perguntas dos inscritos na audiência.
O que o Inter pretende é o desmembramento de 2,5 hectares do total da área de 15 do complexo Beira-Rio e a liberação para duas torres com essas alturas. A separação é necessária para que o clube possa, na área doada para construção do estádio, fazer a exploração comercial.
Na verdade, apenas metade desses 2.5 hectares serão usados para erigir as torres. O restante abrigará uma esplanada e passeios abertos ao público. A ideia é que um dos prédios, o menor, abrigue um hotel. O outro poderá ser tanto comercial quanto residencial.
Ambos abrigarão lojas e restaurantes em suas partes térreas. Um mirante no topo da torre mais alta terá, inclusive, arquibancadas para assistir ao por do sol e será aberto ao público.
Os dois prédios serão construídos no local onde hoje está o edifício-garagem. O acesso será pela Rua Fernandão, por onde hoje os torcedores chegam de carro ao estádio. A esplanada e os passeios estarão voltados para a Avenida Padre Cacique.
O Inter se comprometeu, como contrapartidas, entre elas construir um píer para o catamarã no Parque Gigante e uma marina pública . Uma compensação também na área de educação está sendo proposta. A audiência pública de ontem foi exigência do Ministério Público.
O Inter já apresentou o projeto, em setembro, às Comissões de Saúde e Meio Ambiente (Cosman) e de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara. A meta é que seja votado em plenário ainda neste ano. Ou seja, uma corrida contra o tempo, já que essa legislatura acaba em 23 de dezembro, com o inicio do recesso.