O Conselho Deliberativo votou, na noite de quarta-feira (1º), o novo orçamento do Inter para 2020. Ou seja, a nova previsão depois de quatro meses de quarentena e uma pandemia que atravessará o ano. Foram 100 votos pela aprovação com ressalvas, 71 a favor e 77 contra.
A previsão de déficit é de R$ 63 milhões. Ou seja, aumentou em R$ 50 milhões com relação à projeção feita antes da pandemia. Os efeitos da longa quarentena foram arrasadores nas finanças do clube. Em março, dias antes de tudo parar, havia projeção de déficit zero em 2020.
Durante a quarentena, o clube projetou alguns cenários. No mais agudo, previa R$ 100 milhões de perdas. Foi esse que atingiu as contas. Só de bilheteria e operação do dia do jogo, o Inter estima perda de R$ 25 milhões. Com os cortes de despesas, demissões e adesão à MP 936, que permitia redução nos salários, e venda de jogador, as perdas ficaram na metade.
Mudança no planejamento
A pandemia mexeu nas contas e também no planejamento traçado para o futebol. Havia uma ideia de, na janela de julho, efetuar duas vendas e reinvestir os recursos em contratações que atendessem às ideias de jogo de Coudet. Uma das vendas até foi feita, a de Bruno Fuchs, mas o dinheiro precisou ser canalizado para equilibrar as contas.
Há um outro efeito da temporada atípica: valores que entrariam em 2020 acabarão chegando apenas em fevereiro de 2021 e, portanto, valerão para o próximo exercício. Caso dos valores da TV, referentes a PPV e critérios técnicos e exposição, e também da Copa do Brasil — essa caso chegasse à final.