O processo de modernização do Gigantinho deve dar mais um passo decisivo no final deste mês. Em reunião com a Mesa do Conselho Deliberativo, na última segunda-feira (14), o presidente do Inter, Marcelo Medeiros, entregou o projeto de parceria com o consórcio gaúcho Opus/DC7 para exploração do ginásio por 20 anos. A tendência é de que a proposta seja levada para votação na próxima reunião do Conselho, prevista para 30 de setembro. Caso aprovada, estará definido dentro do clube um processo que se iniciou há mais de um ano, capitaneado pelo vice-presidente de Negócio Estratégicos, João Pedro Lamana Paiva.
A Opus/DC7 venceu uma licitação da qual também participaram o consórcio formado pela Promed Negócios de Saúde e pela Imply e empresa portuguesa Consfly Brás. No dia 30 de julho, Lamana Paiva e as comissões de Patrimônio e de Negócios Estratégicos do Conselho encaminharam a proposta das produtoras gaúchas para a aprovação do Conselho de Gestão. Foi essa a etapa vencida na segunda-feira, com Medeiros encaminhando-a para o presidente do Conselho, José Aquino Flôres de Camargo.
O acordo
O Inter prevê um contrato de 20 anos com a Opus/DC7. Ou seja, até 2040, o Gigantinho ficará sob administração das duas produtoras. A direção mantém em sigilo alguns pontos do acordo. Mas, conforme informações colhidas pela coluna, o Inter receberá um pagamento de luvas, além de participação que será paga mensalmente. Uma cota anual referente aos namings rights também entrará nos cofres do clube.
Caso os novos gestores vendam o nome do ginásio, esse valor passará a ser mensal. É uma exigência do Inter de que a reforma siga o projeto arquitetônico do Beira-Rio e de que seja mantido o seu perfil de espaço multiuso. Ou seja, mesmo sendo administrado por duas das maiores produtoras de shows e eventos do Brasil, o Gigantinho seguirá capacitado para abrigar eventos esportivos.
Futuro
Mesmo que a votação da proposta no Conselho possa ocorrer no final deste mês, ainda levará algumas semanas até que a parceria seja assinada. A etapa seguinte à aprovação em plenário será a da confecção da minuta do contrato. O modelo de negócio segue o mesmo padrão adotado na reforma do Beira-Rio pela Andrade Gutierrez. Inclusive, o Inter contratou para a confecção do contrato o mesmo escritório que o representou em 2012, no acordo com a com a construtora. Os advogados do TozziniFreire, um dos mais conceituados do Brasil, é que sentarão à mesa com a Opus/DC7. Se tudo correr dentro do previsto, é possível prever que o Gigantinho já comece 2021 nas mãos dos parceiros.