Assisti na tarde de quarta-feira (5) à vitória do Shakhtar Donetsk por 3 a 0 sobre o Wolfsburg. O resultado, aliado ao 2 a 1 do jogo de ida, garantiu os ucranianos nas quartas de final da Liga Europa. Mais do que conferir a trupe brasileira, me detive em Taison, o jogador que desembarcará no Beira-Rio daqui a menos de um ano. Ou você duvida de que ele desviará do caminho do Inter ou que o Inter fechará as portas para ele?
Taison joga aberto na esquerda, como fazia nos tempos de Inter. O técnico português Luis Castro usa um 4-2-3-1, em que os quatro jogadores do meio para a frente são brasileiros: Marlos, Alan Patrick, Taison e Júnior Moraes – atuaram também o lateral-direito Dodô, 21 anos, ex-Coritiba, e o volante Marcos Antônio, 20 anos, ex-Bahia. Taison é o extrema esquerda. Neste jogo, atuou mais do meio para a frente. É evidente que, aos 32 anos, é menos elétrico do que quando despontou no Inter, há 12 anos. Mas segue vertical e, quando ataca o espaço vazio, mostra a velocidade que o levou até mesmo a uma Copa do Mundo. No jogo contra o Wolfsburg, perdeu uma chance ao entrar livre pela esquerda e tirar do goleiro.
Quanto aos demais brasileiros, Marlos mantém a boa forma, Júnior Moraes é um centroavante decisivo. Mas quem merece grande destaque é Dodô. Arrisco a dizer que surge lá na Ucrânia uma boa alternativa para Tite na lateral direita da Seleção. Tetê, decisivo na conquista do campeonato nacional, ficou no banco de reservas na quarta.