A FGF deu um passo firme para retomar o Gauchão se não no final de julho, no começo de agosto. O protocolo apresentado pelo presidente Luciano Hocsman ao Piratini é completo e cuida de todos os detalhes necessários para que o futebol retorne sem ameaçar a segurança de atletas, técnicos, árbitros e demais envolvidos em uma partida.
Neste momento, pensar em futebol enquanto o Rio Grande do Sul dá um passo atrás e fecha setores para conter a velocidade do coronavírus parece um contrassenso. A questão, porém, é de que não se pensa o futebol para agora. Mas para daqui a 30, 40 dias. Quando esperamos que a covid-19 esteja mais controlada e o alerta de colapso nas UTIs tenha sido desligado.
O plano de regionalização dos jogos, trazidos aqui pela coluna na manhã desta quinta-feira (18), é uma saída inteligente. Jogadores e comissões técnicas do Interior serão testados ao se reapresentarem e nas vésperas do primeiro jogo, quando serão confinados. Para quem seguir e avançar à semifinal do returno, nova bateria e novo confinamento. São 20 dias de jogos e tudo estará resolvido.
Me parece consciente e conectado com a realidade o protocolo da FGF. Porém, há uma questão a ser resolvida relacionada aos treinos. Extrair Caxias e Juventude da bandeira vermelha de Caxias, e São Luiz, da bandeira vermelha de Ijui foge da lógica de uma luta que precisa ser coletiva e não permite a abertura de exceções. O futebol tem sua importância, é relevante e ajudaria muito nesse momento em que a angústia nos corrói. Mas não me parece o caso de receber tratamento diferenciado neste momento.
Vale o mesmo para Grêmio e Inter aqui em Porto Alegre, que reivindicam flexibilização para poder realizar treinos coletivos na bandeira laranja. Eles sabiam, ao voltar aos trabalhos, que corriam o risco de cair numa rotina enfadonha de treinos físicos. O momento é de paciência e, principalmente, de forças arregimentadas. Sem exceções que possam abrir precedentes. Dessa forma é que vamos superar esse momento, o mais duro desde que esse vírus bagunçou tudo por aqui, na metade de março.