Carlo Ancelotti desembarcou em Liverpool dias antes do Natal com a missão imediata de afastar da zona de rebaixamento o clube, um dos mais tradicionais da Inglaterra. Em um mês, colocou-o no meio da tabela, a 10 pontos da zona da Liga dos Campeões. Agora, Ancelotti começa a moldar a equipe ao seu gosto e, para isso, busca duas contratações na janela de inverno, geralmente destinada a correções de rumo, como as que o Everton precisou fazer depois de um início de temporada vacilante.
Uma delas é de um extrema destro, para ser alternativa no 4-4-2 tradicional que montou, com duas linhas de quatro jogadores atrás dos atacantes. Com o português Marco Silva, o Everton chegou a atuar com três zagueiros e três atacantes e, em boa parte dos jogos, com uma linha de três meias atrás de Richarlison, posicionado como centroavante.
— Com isso, temos muitos meio-campistas que atuam na faixa central e poucas alternativas para jogar no lado do campo — explicou à Sky Sports Marcel Brands, diretor de futebol do Everton.
Em dezembro, Márcio Cruz, atual agente do Cebolinha, esteve na Europa e visitou alguns clubes, com parada na Inglaterra. A amigos, Cruz teria dito que o Borussia Dortmund apareceria com uma oferta. Não veio. Por enquanto, garantem pessoas próximas do atacante, nenhuma oferta oficial chegou. Embora Ancelotti tenha demonstrado interesse.
O lado do Grêmio
Nos bastidores, o Grêmio já avisou o staff de Everton que 2020 é um ano decisivo para o destino do jogador. Dirigentes apontam que a janela do meio do ano será decisiva para suas pretensões de cumprir uma carreira internacional. No dia 22 de março, ele completará 24 anos, uma idade já avançada para ser absorvido pelo mercado europeu, mesmo se tratando de um jogador de Seleção Brasileira.
Como precaução para uma possível saída do Cebolinha, o Grêmio procurou se inteirar da situação de Keno no Al-Jazira. Mas o ex-jogador do Palmeiras só será trazido caso aconteça a venda do Cebolinha. Quanto a valores, o Grêmio insiste nos 40 milhões de euros por seus 50% dos direitos. Mas, diante da premência causada pela idade do jogador e também o fato de que é preciso fazer uma venda para seguir sustentável, esse valor começa a ganhar cara de negociável.
Jean Pyerre
O Grêmio precisa entrar em cena para amainar o coração de Jean Pyerre. Mexeram com a cabeça do guri a demora na recuperação, que gerou trocas de notas oficiais, e a entrevista de Renato, em que disse publicamente que o guri "tinha culpa no cartório".
Para completar, o Grêmio anunciará nas próximas horas Thiago Neves, um meia como ele e jogador de confiança de Renato. Jean, 21 anos, é uma joia rara em um mercado que forma extremas em lote e esqueceu o molde para fazer meia-armadores. Por isso, precisa ser cuidado com carinho.