A Dupla Gre-Nal ponteia, unida, um ranking mundial, o de clubes que mais atuaram no mundo nos últimos 10 anos. Segundo levantamento da Pluri Consultoria, o Inter é o primeiro colocado, com 713 partidas. O Grêmio vem em segundo, com 703. Os números sinalizam as frequentes participações dos dois clubes gaúchos em competições continentais nesse período e também o inchaço que o Gauchão tinha. Até 2016, eram 16 participantes. Só a partir de 2017 é que ficou com 12 clubes.
Aliás, o inchaço do nosso calendário faz os brasileiros predominarem entre os 30 primeiros do ranking elaborado pela Pluri. Só cinco clubes são estrangeiros, sendo quatro deles colombianos: Atlético Nacional, 11º, com 665 jogos; Santa Fe, 18º, com 648 jogos; Júnior, 24º, 618; Tolima, 26º, 608; Barcelona, 29º, 593.
Aliás, o Barcelona é o primeiro europeu na lista. Se excluídos os estaduais da contagem dos brasileiros, os catalães ficariam na frente de todos, mas perderiam para os colombianos, donos do campeonato nacional mais inchado. Os europeus começam a ficar mais frequente na lista a partir do 34º lugar, dividido pelos ingleses Chelsea e Manchester United, com 573 jogos.
Os números colocam ainda mais condimento na discussão sobre as diferenças entre o calendário dos grandes clubes brasileiro e dos europeus. Isso sem acrescentar as longas viagens que precisam ser feitas em um país do tamanho de um continente como o nosso. Se colocarmos todos os países europeus dentro Brasil, à exceção da Rússia, ainda sobraria espaço. O Bacelona, por exemplo, quando viaja muito vai a Moscou, cuja viagem leva pouco menos de cinco horas. O Grêmio, na sexta-feira, gastou seis horas para ir a Fortaleza. O Inter levou cinco horas e 50 minutos para viajar de Porto Alegre até Salvador.