O centroavante do momento no Brasil estará na Arena na quarta-feira, contra o Grêmio. Pedro Guilherme Abreu dos Santos, o Pedro, assumiu o protagonismo no Fluminense austero e eficiente montado por Abel Braga. Aos 20 anos, completará 21 no dia 20, ele se afirma com gols como herdeiro de uma camisa 9 que nos últimos anos teve como donos Fred e Henrique Dourado. Não à toa, depois dos dois gols no 3 a 1 sobre a Chapecoense, no sábado, Fred postou mensagem ao pupilo em sua rede social: "Papai te ama, @PedroGuilherme."
A torcida já cumpriu o rito de transição. Tanto que já adaptou o canto que destinava para Fred. No Maracanã, avisa aos rivais:
- O Pedro vai te pegar...
foi lançado em 2016. Fez quatro jogos, um deles contra o Inter, em Edson Passos, que decretou o rebaixamento colorado. Só neste ano, no entanto, é que teve sequência. Comprovou o que se esperava dele desde que chegou ao Fluminense. Foi o goleador do Carioca, com sete gols, e desde sábado divide com Roger Guedes a artilharia do Brasileirão, com cinco.
O sucesso vem graças a uma aposta pessoal de Abel Braga, que bancou o guri como camisa 9. No sábado, o técnico sorriu ao falar de Pedro: "Eu disse que ele era diferenciado". Os gols ajudam a torcida a ter um motivo para debochar do Flamengo, hoje um endinheirado em meio à penúria dos grandes cariocas.
Pedro passou cinco anos na base na Gávea e, quando chegou aos infantis, foi dispensado pela baixa estatura na época. Rodou pela base de clubes pequenos e chegou ao Fluminense aos 16 anos. Hoje, com 1m85cm, assumiu como titular do Fluminense depois de o Flamengo pagar R$ 11 milhões para tirar Henrique Dourado das Laranjeiras.