Há um meia de primeira linha dando sopa na calorenta Andaluzia que cairia como uma luva nos vestiários de Grêmio e Inter. Trata-se do argentino Walter Montoya, 24 anos, 1m72cm e 73 quilos. Para quem não se lembra, Montoya fazia parte daquele meio-campo do Rosario Central que atropelou o Grêmio na Libertadores do ano passado. Ele aparecia menos do que o habilidoso Lo Celso, hoje no PSG, e do que o goleador Marco Ruben. Mas era espécie de motor daquele time. Pode atuar tanto pelo meio, como faz hoje Edenílson, ou aberto na direita, como faz Ramiro.
Montoya, depois de arrastada negociação, se transferiu para o Sevilla no início deste ano. Custou 4 milhões de euros e desembarcou no sul da Espanha a pedido de Jorge Sampaoli. Chegou com a temporada em andamento e passou o semestre em adaptação. Sampaoli saiu e chegou o também argentino Eduardo Berizzo.
Montoya foi destaque na pré-temporada no Japão e até começou como titular. Mas em sua posição há foi perdendo espaço e hoje nem no banco figura — algo que Paulo Henrique Ganso, por exemplo, já conseguiu.
Na última terça-feira, o empresário de Montoya, Daniel Luzzi, deixou River e Boca ouriçados ao conceder entrevista ao canal TYC Sports em que avisou: "Walter quer jogar, onde quer que seja. Outros seis meses assim (sem jogar), ele não aguentaria".
Está dado o recado do agente. E fica a dica da coluna. Montoya é daqueles que chegam e acertam o meio-campo.