Até a década de 1950, a prefeitura de Porto Alegre usou carroças de tração animal na coleta de lixo. As mulas e burros começaram a ganhar concorrentes a partir de 1925, quando foram comprados os primeiros caminhões. Depois de dois anos, 16 veículos já faziam o serviço, a maioria da marca Graham Brothers. A substituição representava agilidade e economia aos cofres públicos.
Um caminhão Graham Brothers carregava o mesmo volume de resíduos de nove carroças, em menos tempo e por um terço do custo anual. Em 1933, já eram 33 caminhões. Mesmo assim, 92 carroças permaneciam nas ruas. Os veículos automotores também passaram a ser usados no recolhimento de cães soltos nos bairros. Em 1926, foram mais de cinco mil animais. Em edição da Revista do Municipio (grafia da época), em 1927, é possível ver os antigos e os novos veículos da limpeza urbana de Porto Alegre. São as imagens no topo da coluna.
Além do custo com pessoal, a coleta de lixo com carroças exigia manutenção de cocheiras e cuidados com animais. Por muito tempo, carroças puxadas por cavalos continuariam na ruas da capital gaúcha, na coleta de recicladores informais. A Lei das Carroças proibiu o serviço com animais a partir de 2016.
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