Relaxa, o título é só uma provocação. Afinal, este é um dos temas mais buscados na plataforma Google a cada dois anos no Brasil. E, sim, fique tranquilo, você pode ir votar de bermuda. De chinelo, também, não tem problema nenhum. Mas decidi fazer a provocação para lembrar que há coisas muito importantes a serem decididas na urna e que você deve ficar atento, afinal, faltam três dias para o primeiro turno.
A primeira delas, claro, conferir seu documento. Para votar, explica a Justiça Eleitoral, você deve apresentar um documento oficial com foto. Vale a carteira de identidade? Vale. Vale a CNH? Também vale. A minha dica, caso você tenha um smartphone, é para também baixar o app do E-Título no seu celular. Ele tem informações sobre a sua zona eleitoral, sua seção de votação e é bem fácil de usar. Mas atenção: só dá pra baixar o app até sábado.
O que é mais importante, ainda, lembrar é que escolheremos cinco representantes na urna no próximo domingo. Portanto, não economize na "colinha", porque é quase impossível lembrar o número de todos os candidatos de cabeça. Pela ordem, escolheremos: deputado federal (são quatro dígitos), deputado estadual (cinco dígitos), senador (três dígitos), governador (dois dígitos) e ainda presidente da República (dois dígitos).
Fiz questão de explicar quantos são os números porque ainda tem gente que confunde, por exemplo, na eleição para senador da República. Há quem imagine que o número do candidato ao Senado é o mesmo número do partido, ou o mesmo número do governador na chapa. Fique atento. São três dígitos.
E é muito relevante que você pesquise os candidatos que representem os temas que você considera importantes para a sociedade. Quer um exemplo? Esta semana, Porto Alegre viu surgir a discussão inflamada sobre o (não) passe livre no domingo da eleição. No caso, não haverá porque foi retirada a previsão de gratuidade para esse dia. Muitos foram os discursos contra e até a favor. Mas você sabia que essa foi uma lei aprovada pelos nossos representantes na Câmara Municipal? Sim, o seu representante (o vereador, ou a vereadora) foi quem decidiu, no voto, que aquele dia não deveria ter passe livre. Aliás, você lembra em quem votou para vereador?
O que eu quero dizer com isso? Que é uma tarefa muito séria delegar a uma pessoa o poder de decidir por nós em temas relevantes como este, o transporte público. Por isso é que não dá para decidir a esmo, sem prestar atenção, sem avaliar quais são os posicionamentos deste ou daquele candidato. Pense bem. Reflita. Compare as áreas de atuação, os discursos, e no caso de já ser um parlamentar, veja como ele se posicionou em votações anteriores.
O voto é muito importante. Não se esqueça disso. E se estiver calor, vá de bermuda, sim.