A edição de um novo decreto pela prefeitura de Porto Alegre, com medidas ainda mais restritivas para frear o avanço do coronavírus, acendeu um alerta entre empresários, prestadores de serviço e o próprio cidadão porto-alegrense. A capital gaúcha conseguirá passar pela pandemia sem precisar adotar o lockdown? Até quando precisaremos lidar com o fechamento de estabelecimentos, suspensão de aulas e a manutenção somente de serviços essenciais? A resposta aponta para um caminho possível, conforme indicado pelo prefeito Nelson Marchezan à coluna nesta segunda-feira (6).
- Infelizmente a gente não pode nem garantir que esse decreto (mais restritivo) vai ser o último. A gente espera que em breve possa diminuir as restrições. Mas a gente não sabe nem SE não teremos uma terceira, quarta ou uma quinta onda de contaminação a partir da circulação na cidade - afirmou.
Na prática, isso significa dizer que o isolamento social é o ponto chave para que possamos frear novas ondas de contaminação, conforme a leitura do prefeito e de especialistas.
- A gente colocou o indicador de isolamento no site da prefeitura, disponibilizamos como mais uma das ferramentas possíveis para que as pessoas possam entender e colaborar mais para frear o avanço do vírus - explicou.
Portanto, se mantivermos o cuidado de não promover aglomerações e insistirmos no já conhecido "fique em casa", é possível que menos pessoas se contaminem com o vírus e a partir daí possamos verificar uma queda na ocupação de leitos de UTI, permitindo, assim, que a situação volte a um cenário menos drástico em termos de restrições.
O inverno já é um período do ano com demanda aumentada nos hospitais gaúchos, daí também a relevância de atentarmos às medidas de isolamento.
Mas e os novos leitos? Eles foram feitos, ressalte-se. No entanto, como já observado pelo prefeito Marchezan, não há estrutura de saúde ampliada que faça frente à uma pandemia descontrolada. Por isso, mais do que nunca, é fundamental entender que a responsabilidade é de cada um de nós.