O governador Eduardo Leite avaliou à coluna o momento crucial vivenciado pelo Estado no enfrentamento à pandemia do coronavírus. Desde que os números começaram a apontar crescimento acelerado de casos e na ocupação de leitos de UTI, o Executivo tem ampliado a lista de municípios com bandeira vermelha, o que, na prática, significa um conjunto mais amplo de restrições à circulação de pessoas nestas localidades.
Na última atualização, o número de regiões neste enquadramento passou de quatro para nove.
A chegada do inverno também fez acender o alerta entre as autoridades. É neste período que a estrutura hospitalar gaúcha costuma enfrentar seu maior período de ocupação.
Para Leite, é preciso estar atento aos números, mas ciente de que o efeito das medidas restritivas só é sentido após duas semanas de vigência. Por isso, é compreensível que os números ainda não tenham baixado.
O governador reitera, no entanto, a necessidade de apoio e consciência por parte da população gaúcha:
— O efeito das restrições não é imediato. Leva em torno de 14 dias para que vejamos o impacto das medidas restritivas em redução da velocidade de disseminação do vírus e, consequentemente, de internações por covid-19. Então é natural que vejamos uma continuidade ainda de avanço. Mas se não houver colaboração da população, a velocidade não irá diminuir e as medidas restritivas não só irão se manter por mais de 14 dias, mas poderão ser agravadas para restrições ainda maiores. Por isso, é fundamental contar com o apoio da população — explicou.
Bandeiras
Nesta segunda-feira (29), Leite e a equipe do comitê de crise formado para planejar e executar ações de combate ao coronavírus devem responder às prefeituras que pontuaram argumentos em relação às bandeiras, anunciadas na última sexta-feira.
No total, são 301 municípios sob ameaça de fechamento do comércio a partir de terça-feira (30), quando entram em vigor as medidas de contenção social. Hoje, o Estado divulga o mapa definitivo após julgar os eventuais pedidos de reconsideração das prefeituras.