Durante a transmissão da live GaúchaZH com o governador Eduardo Leite (PSDB) nessa terça-feira (21) uma das perguntas mais recorrentes enviadas à coluna foi em relação à retomada das aulas no Rio Grande do Sul. A questão se colocou pertinente à medida em que o governo anunciava um novo plano de distanciamento social controlado, que permitirá a volta das atividades de indústria, comércio e serviços - considerando as especificidades de cada região, entre elas a capacidade hospitalar (número de leitos disponíveis) e os índices de propagação da doença específico por localidade. Isso a partir de 1º de maio. No caso das aulas, no entanto, o retorno não deve ocorrer tão cedo.
Mas, afinal, por que o reinício das atividades escolares ainda deve demorar no Rio Grande do Sul?
A explicação está na propagação do vírus. Lembrou o governador à coluna: 20% da população gaúcha está de alguma forma presente em escolas públicas e privadas e também nas Universidades no Rio Grande do Sul. Em tempos "normais", essas pessoas vão e vêm de suas casas diariamente e, neste sentido, contribuem para disseminar o vírus. Na prática, embora não estejam no grupo de risco, crianças e adolescentes podem levá-lo a pais, avós, familiares com os quais convivem dentro de suas casas. Ainda que assintomáticos, podem transmitir para pessoas de mais idade que certamente sentiriam os efeitos mais danosos da covid-19.
"Por isso as aulas podem ser algo que fiquem mais distante quanto à retomada das atividades", lembrou Leite.
A coluna também ouviu opinião semelhante do reitor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, que rechaçou qualquer possibilidade de retorno das aulas no mês de maio. O caso, segundo ele, é importante porque também parte da premissa de evitar a propagação do coronavírus. Talvez em junho, e bem provável que seja mais para frente.
Assista à entrevista com Eduardo Leite em LIVE GAÚCHAZH: