O deputado federal gaúcho Sanderson (PSL-RS), eleito em outubro com 88.559 votos, foi surpreendido ao chegar para participar da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, em Brasília. Assim que registrou sua presença, teve o nome informado no painel eletrônico. Entretanto, com um adendo: o visor o considerava um "não-membro" do grupo que trata sobre a constitucionalidade das matérias discutidas pelos parlamentares.
À coluna, Sanderson afirmou não ter sido comunicado pela liderança do PSL sobre sua saída da CCJ. Ele acredita ter sofrido retaliação por ter apoiado o presidente da República, Jair Bolsonaro. O pano de fundo é a crise interna que rachou a legenda entre a ala bolsonarista, que defende a troca no comando da sigla e pede mais transparência, e a ala ligada ao hoje presidente Luciano Bivar, que foi alvo de Operação da Polícia Federal na terça-feira. Há alguns dias, Bolsonaro chegou a dizer que Bivar estava "muito queimado" e sugeriu a um apoiador que esquecesse o antigo aliado.
Sanderson afirmou ainda ser um deputado extremamente atuante na CCJ da Câmara, onde inclusive estava como relator de matérias legislativas.
— Questões menores não podem intervir no bom andamento do processo legilsativo e nos interesses da população brasileira — avaliou.