A deputada gaúcha Liziane Bayer será punida pelo PSB por ter votado a favor da reforma da Previdência, aprovada com folga na Câmara dos Deputados e hoje em análise no Senado. O partido decidiu aplicar sanções em parlamentares que não seguiram a orientação definida pela legenda, que previa voto contrário às mudanças nas regras para a aposentadoria propostas pelo presidente Jair Bolsonaro.
A decisão foi tomada em reunião do diretório nacional.
Além de Liziane, foram punidos com sanções os deputados federais Felipe Rigoni (ES), Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Jefferson Campos (SP), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP), Ted Conti (ES).
Na prática, a punição prevê que estes deputados fiquem suspensos por um ano de todas as prerrogativas do parlamento e do Executivo. Além de deixarem as comissões, eles não poderão fazer encaminhamentos na Câmara em nome do PSB e terão de entregar cargos indicados para o governo.
No caso de Liziane, a parlamentar ocupava as seguintes comissões: Subespecial da Pedofilia, Adoção e Família (titular); Seguridade Social e Família (titular) e Política de Mobilidade Urbana (Suplente). Ela também ocupava o posto de vice-líder do PSB na Câmara.
A decisão ainda não foi comunicada oficialmente a ela. Conforme a coluna apurou, Liziane não está conformada com a decisão do comando do partido e pretende se manifestar de forma contundente.
Processo
À época da abertura do processo, em julho, Liziane afirmou à coluna ter votado com convicção, após mudanças promovidas pelo relator da PEC: "Acho que quando a gente vota por convicção, tem essa tranquilidade de consciência". A coluna busca contato com a deputada.