A coluna conversou com o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes à frente do Movimento Brasil Livre (MBL), a respeito dos novos diálogos revelados pelo site The Intercept Brasil no fim de semana, em reportagem publicada em conjunto com o jornal Folha de São Paulo.
Na conversa, o ex-juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça e da Segurança Pública de Bolsonaro, pede ao coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, que encontre uma forma de conter o MBL, que havia armado protesto em frente ao apartamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto no ano seguinte. No suposto diálogo, Moro chama os membros do movimento de "tontos".
Questionado se o MBL se sentiu atingido pelo conteúdo divulgado, Kim disparou:
— Não, achamos graça. Significa que o Intercept não tem nada de relevante para divulgar sobre a Lava-Jato.
Confira outros trechos da entrevista
O MBL enxerga um movimento organizado/articulado a partir da divulgação do conteúdo do Intercept às vésperas das manifestações do dia 30?
Foi um ataque político, sem dúvidas, nada na conversa tem a ver com ilegalidades na Lava-Jato.
O MBL continua dando seu apoio ao ministro Sergio Moro?
Sim. Reafirmei por telefone ao ministro.
O pedido de desculpas (enviado por áudio) foi aceito?
Claro, não é uma bobagem dessas que vai nos impedir de trabalhar juntos num projeto virtuoso.