Partiu do deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen (PP), em sintonia com o Movimento Brasil Livre (MBL), a iniciativa de consultar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito da possibilidade de validação de assinaturas eletrônicas para criação de um novo partido. Atualmente, é necessária a coleta física de assinaturas.
A consulta foi feita no final do ano passado. Na tentativa de agilizar o andamento de uma posição do TSE, foi marcada para a próxima semana uma reunião com o juiz auxiliar Rafael Medeiros, que atua junto ao gabinete do ministro do TSE Og Fernandes. O encontro será na quarta-feira, dia 8 de maio.
À coluna, o deputado, que integra a bancada do MBL no Congresso, esclarece que o pedido não significa que ele está de saída do Partido Progressista (PP). A intenção, segundo ele, é auxiliar na formação de um partido claramente "de direita", com ideias liberais, a partir de um recado vindo das urnas.
— A sociedade deu aos políticos um grande recado na última eleição. Ela quer um outro tipo de política. Eu sigo numa luta, inclusive dentro do meu partido, para que a gente possa representar algo mais claro para a sociedade — explicou.
Além das articulações para a formação de um partido, a bancada do MBL formalizou, em fevereiro, a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa e Fomento do Livre Mercado. A ideia é que o grupo de deputados e senadores, favoráveis a pautas liberais, trabalhe por mudanças que melhorem o ambiente de negócios no Brasil. Fazem parte do grupo líderes do MBL eleitos em outubro, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM).