A envolvendo as comemorações, determinadas pelo presidente Jair Bolsonaro, sobre o 31 de março de 1964, data que marca o golpe que deu início à ditadura militar no Brasil segue rendendo discussões políticas entre apoiadores e opositores ao governo. O músico Lobão, apoiador declarado de Bolsonaro, surpreendeu seguidores ao ir contra a ideia de saudar a ditadura. Em vídeo, o cantor afirmou que ter saudade do regime militar é uma "estupidez" e completou dizendo que não se pode "glorificar expedientes sombrios".
O Ministério Público Federal (MPF) lançou uma nota pública em que afirma que comemorar a ditadura é "festejar um regime inconstitucional e responsável por graves crimes de violação aos direitos humanos".
Em Porto Alegre, a presidente da Câmara de Vereadores, Mônica Leal (PP), avaliou a decisão, a pedido da coluna. Mônica afirmou que as comemorações são a recordação de um acontecimento histórico que, em que pese tenham acontecidos erros e acertos, mudou para melhor o Brasil.
— Trata-se apenas de recordar um acontecimento histórico que, com seus acertos e erros, mudou para melhor o Brasil. Saímos de uma economia atrasada para a oitava economia mundial — avaliou à coluna.
O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, informou na última segunda-feira (25) que a inclusão da data na ordem do dia das Forças Armadas, para comemoração dos 55 anos do golpe de 1964, já foi aprovada por Bolsonaro. A participação do presidente nesses eventos, porém, ainda não está confirmada.