As debatidas intenções de venda ou federalização de empresas estatais no governo do Rio Grande do Sul, propostas por Eduardo Leite, não configuram "estelionato eleitoral". A avaliação foi feita pela secretária de Planejamento, Leany Lemos, em conversa recente que tivemos na Rádio Gaúcha. O raciocínio é simples: Leany lembra que toda a agenda foi proposta ainda durante a campanha do tucano ao Piratini.
— Essa agenda (privatizações) foi validada nas eleições de outubro. O governador não está fazendo nenhum estelionato eleitoral. Ele falou o que precisava ser feito e a maioria das pessoas o escolheu. Eu acho admirável quando um governante não está trabalhando apenas em busca de aplausos. Governante tem que buscar fazer o que é certo — comentou.
A secretária, que produziu um diagnóstico duríssimo sobre as contas do Estado, disse que é urgente promover mudanças. Entre elas, a Reforma da Previdência e alterações na estrutura de gastos com pessoal.
— Reforma da Previdência é como botar o balão de oxigênio. Hoje o sujeito está ali sem o balão de oxigênio — comparou.
A Proposta de Emenda à Constituição que prevê a retirada da exigência de plebiscito para a venda ou federalização de CEEE, Sulgás e Companhia Rio-Grandense de Mineração foi apresentada nesta semana à Assembleia Legislativa. No discurso, Leite pediu que os deputados ouçam o "silêncio da maioria". Nesta quinta-feira (7), Leite também confirmou que fará abertura de capital da Corsan, para financiar projetos de saneamento, e comprometeu-se a melhorar o ambiente de negócios no Estado.
Ouça a entrevista completa da secretária do Planejamento, Leany Lemos: