Você acompanhou essa história, desde o começo, aqui. A bailarina Amanda de Menezes Pinto, 12 anos, que perdeu tudo na enchente, em São Leopoldo, precisava de ajuda para realizar um sonho: participar do 41º Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina. Graças à corrente de solidariedade formada em torno dela, não só deu certo, como a gaúcha foi aplaudida de pé.
Amanda e a família tiveram a casa atingida pela catástrofe climática de maio no bairro Rio do Sinos. Tudo foi por água abaixo, literalmente: móveis, bens, objetos pessoais, recordações. Nem mesmo os figurinos da dançarina resistiram. Sem os trajes e sem dinheiro para viajar, ela quase desistiu. Quase.
Em menos de 24 horas, na semana passada, por meio de uma vaquinha virtual e do pix (telefone 51 98930-0825), Amanda conseguiu apoio para ir de ônibus até Joivinville, acompanhada de uma professora da Brilhart Escola. Foi acolhida numa casa de família e muito bem recebida.
Mais do que isso: Amanda foi surpreendida ao saber que sua luta pessoal já havia se espalhado. Os catarinenses souberam da história por meio de Zero Hora e da repercussão do caso em outros veículos de comunicação, após a publicação aqui na coluna.
Resultado: ela ganhou carinho e atenção. Deu entrevistas e brilhou nas três apresentações realizadas no festival, no último fim de semana.
— Pensa na felicidade dela. Foi super reconhecida lá e muito homenageada. Dançou lindamente e foi aplaudida de pé. Deixou todos emocionados — conta a mãe da menina, Ana Paula de Menezes, que acompanhou tudo de longe.
Agora, a família quer seguir apostando no futuro da bailarina e dando todo o suporte necessário. Parte do recurso doado por apoiadores será usada nisso e também na reconstrução do quarto de Amanda e da irmã, que é mais nova e também já trilha o caminho da dança.
Nos próximos meses, Amanda participará de três festivais competitivos, em Sapiranga, na Região Metropolitana, em Florianópolis (SC) e em Garopaba (SC). Voa, bailarina!