O cão Sequela partiu para o "céu dos cachorros" e, agora, suas cinzas serão depositadas junto a uma muda de árvore em Porto Alegre, em um exemplo de dedicação de quem ama e respeita os animais.
Para quem não lembra, Sequela foi o cão comunitário que, em 2021, conquistou o direito de viver dentro de um condomínio na Capital. À época, a história contada pela repórter Adriana Irion, de GZH, viralizou e, desde então, o mascote sem raça definida passou a ser cuidado pelos moradores do Condomínio Ravena II, no bairro Morro Santana.
— Foi um anjo para nós, querido de todos. Quando os vizinhos souberam da morte dele, ficaram muito tristes — conta a relações públicas Joana Xavier, uma das tutoras de Sequela, responsável pelo perfil dele no Instagram (@sequeladog).
Os cuidadores calculam que o bichano, adotado já em idade adulta, tinha mais de 15 anos. Ele vinha apresentando problemas de saúde (desenvolveu alguns nódulos) e recebeu todo o acompanhamento veterinário necessário. Apesar dos esforços coletivos, por conta da idade avançada, não resistiu. Partiu no último domingo (4) e teve o corpo cremado.
Em breve, as cinzas de Sequela estarão em uma praça próxima ao condomínio. A intenção dos moradores é plantar uma árvore (a espécie ainda está sendo definida) e espalhar na terra os restos mortais do cão.
— É uma forma dele continuar vivendo conosco. Sempre que olharmos para a árvore, vamos lembrar dele — diz Joana.
O advogado animalista Rogério Rammê - que em 2021 ajudou os moradores a regularizarem a situação do cão no local - lembra que Sequela foi, possivelmente, o primeiro cão comunitário de condomínio em Porto Alegre, com uma história de vida livre e de acolhida coletiva.