Elas são seis mulheres gaúchas de 50 anos ou mais, com diferentes formações e áreas de atuação. Juntas, decidiram embarcar numa canoa polinésia para se divertir e superar barreiras, provando que sonhos não têm idade.
O etarismo ficou para trás e os preconceitos (dos outros) também. Deu tão certo, que a equipe — batizada de Karawara (algo como “espíritos da floresta”, na língua tupi-guarani) — acabou se sagrando campeã brasileira da modalidade em 2022, na sua faixa etária.
E mais: o grupo se prepara para representar o Brasil no campeonato mundial em Hilo, no Havaí, em agosto deste ano, pela categoria Master 50+. Entre seis times classificados, elas ficaram em quarto lugar.
— A gente é braço forte. Somos as brabas! — brinca Adriana Peppl, capitã da equipe, empresária e professora de inglês.
As gurias praticam esportes aquáticos desde a adolescência. Quando a canoa polinésia (chamada Va’a) ganhou fama no Brasil, Adriana puxou a frente. Aderiu à novidade em 2015 e foi atraindo parceiras, a começar pela irmã, a pedagoga Karen Bernardes.
Depois, se juntaram à dupla a fisioterapeuta Adriana Rios, a veterinária Karina Longo, a psicóloga Mariana Abdalla e a servidora pública Rosemary Lacerda.
— A canoa é um esporte coletivo e inclusivo, para qualquer tipo de pessoa. Isso fez com que a gente se apaixonasse — conta Adriana.
Elas treinam no Guaíba, em Porto Alegre, e ainda não têm patrocínio (veja mais detalhes em @equipekarawara, o perfil delas no Instagram). Por enquanto, é “tudo no amor” e na base da superação.
Quem disse que idade e gênero são empecilhos para alguma coisa? Elas são a prova de que esse papo é bobagem.
Saiba mais
O Campeonato Mundial de Va'a Velocidade será realizado em Hilo, no Havaí (EUA), entre os dias 13 e 24 de agosto de 2024.
O que é a canoa polinésia
É uma embarcação que tem um segundo casco usado como estabilizador. Ele permite que o barco mantenha a velocidade, sem comprometer a estabilidade.