Não foi dessa vez. As gurias do Brasil pararam na barreira jamaicana nesta quarta-feira (2) e foram tragadas pelo nervosismo. As pernas deram nó. Faltou alegria e brilho, mas não faltou dedicação e seriedade. Perdemos sem dobrar os joelhos e, tenho certeza, depois dessa derrota, a próxima geração virá mais forte.
O Brasil acordou para o futebol feminino, liderado por Marta, nossa eterna camisa 10, que se despediu resumindo o que vem pela frente:
— Eu termino aqui, mas elas continuam.
Um fracasso pode destruir um grupo ou fortalecê-lo. Aposto na segunda hipótese, por uma série de razões.
Primeiro, porque, temos jogadoras de qualidade e com potencial, e a maioria delas seguirá na batalha, até a próxima Copa. Em segundo lugar, porque, pela primeira vez, a modalidade ganhou atenção e espaço: as atletas perceberam que podem, sim, sonhar alto, e mais meninas se unirão a esse sonho.
Em terceiro lugar, acredito que falhar também "forma caráter".
É preciso saber perder para saber vencer. E, acredite, a vitória, depois de uma grande falha, é ainda melhor e mais recompensadora. Não vi desculpas esfarrapadas, não vi jogadoras fugindo ou se escondendo, não vi nenhuma tentativa de terceirizar a culpa.
Só isso já é um sinal positivo. Novas oportunidades virão, e eu estarei lá, torcendo por elas.