A Seleção Brasileira voltou a ser assombrada por um problema que já havia sido perceptível durante o ciclo para a Copa do Mundo: a falta de efetividade. A estreia, com goleada por 4 a 0, criou uma falsa impressão de que a situação havia sido corrigida. No entanto, diante da retranca da Jamaica, a equipe não conseguiu marcar um único gol, que poderia dar a classificação às oitavas de final.
Para poder o cenário negativo apresentado contra a França, Marta foi escalada como titular pela primeira vez na Copa. Na primeira etapa, houve um melhor rendimento, com cenário de maior posse de bola, controle de jogo, além da soberania nas finalizações, 8 contra 0. As principais jogadas foram criadas como de praxe pelo lado esquerdo, com a capitã brasileira caindo mais por ali também. Tamires, lateral-esquerda, foi quem mais finalizou. Contudo, a equipe esbarrou novamente na efetividade das finalizações. Faltou um pouco mais de capricho e qualidade técnica para furar a retranca das adversárias.
Na volta do intervalo, Pia promoveu mudança para deixar o time mais ofensivo, aumentando também a qualidade técnica: Bia Zaneratto entrou na vaga de Ary Borges. O esquema se manteve no 4-4-2, mas com Bia reforçando o lado esquerdo e Adriana passando a jogar no lado direito e aparecendo por dentro.
Com o passar do tempo, a ansiedade e o desespero começaram a tomar conta da equipe. O Brasil abriu mão de manter a bola no chão para tentar as investidas pelo alto, mas sem sucesso. Geyse, Duda Sampaio e Andressa Alves ingressaram na faixa dos 30 minutos, mas o cenário não mudou. Ao todo, foram 16 chances criadas, contra três da Jamaica.
O 0 a 0 amargo decretou o fim da campanha do Brasil na Copa do Mundo e a expectativa pelo desempenho deste novo ciclo. Trata-se do término no Mundial, mas não deste grupo. É preciso lembrar que a Seleção passa por um processo de renovação. O trabalho precisa continuar porque no ano que vem teremos os Jogos Olímpicos de Paris.
É preciso lamentar que despedida de Marta tenha tido este roteiro.