A qualidade técnica da Espanha sobressaiu na decisão da Copa do Mundo Feminina. Depois de eliminar Suíça, Holanda e Suécia nos matas anteriores, as espanholas tiveram a revanche contra as inglesas e conquistaram o título inédito.
A equipe precisou superar um problema interno para chegar ao título. Antes da competição começar, o relacionamento entre as jogadoras e o técnico Jorge Vilda já passava por turbulências. Parte do grupo fez reclamações sobre a falta de evolução no trabalho, que em oito anos não havia conquistado nenhum título. Um manifesto foi endereçado à Federação Espanhola, que tornou pública a situação, tornando o cenário ainda pior.
Um dos nomes que assinou o manifesto foi Aitana Bonmatí, meia do Barcelona. A melhor jogadora da Champions Feminina repetiu as atuações na Copa e foi uma das peças principais da conquista.
Ao longo da Copa, o treinador preferiu não responder questionamentos sobre a situação. Em contrapartida, as atletas responderam dentro de campo, com uma postura profissional exemplar. O resultado na decisão, com a vitória de 1 a 0, também foi uma resposta à eliminação na última Euro, quando perderam para a Inglaterra, por 2 a 1.
No momento em que se destaca tanto o protagonismo das mulheres na modalidade, também é preciso dar voz às suas reivindicações. O resultado nesta Copa do Mundo não é só pelo trabalho do treinador, mas apesar da relação com Jorge Vilda.