O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito para investigar os impactos ambientais gerados pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A situação ocorreu no último domingo (22), provocando a morte de quatro pessoas e deixando outras 13 desaparecidas.
O colapso da estrutura ocasionou a queda de 10 veículos sobre as águas do Rio Tocantins. Entre eles, dois caminhões que carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas. A partir disso, o vazamento das substâncias levantou dúvidas sobre uma possível contaminação fluvial e outros impactos socioambientais.
A Defesa Civil emitiu um alerta, no mesmo dia do acidente, à população das duas cidades na margem do rio para que evitem qualquer contato com o curso da água.
Conforme comunicado pelo MPF, o foco da investigação será identificar as causas do desabamento e as consequências na fauna, flora e no abastecimento da água da região local. O órgão afirma que buscará a responsabilização dos envolvidos e a reparação dos danos.
O documento ainda determina que medidas urgentes sejam tomadas, como a coleta de amostras, o isolamento das áreas afetadas e a comunicação com os órgãos responsáveis.
"O derramamento de ácido sulfúrico e agrotóxicos representa graves riscos à saúde das populações que vivem próximas à margem do rio Tocantins, especialmente de comunidades ribeirinhas e tradicionais, que utilizam o rio como fonte de subsistência", diz a nota do MPF.
A Polícia Federal (PF) também está investigando o caso – pelas Superintendências do Maranhão e do Tocantins, que têm jurisdição sobre a área –, na tentativa de identificar se há responsabilidade criminal pela queda da ponte e para realizar a análise potencial de impactos na área.