Já separei até a camiseta. Às 8h desta segunda-feira (24), pontualmente, estarei fardada e de olhos pregados na TV para torcer por elas: as gurias do Brasil. Até pouco tempo, as meninas da bola eram quase “invisíveis” em um esporte majoritariamente masculino. Por sorte, as coisas mudam e a gente evolui, ainda que “com passos de formiga e sem vontade”, como diria o mestre Lulu Santos.
Elas venceram o preconceito, conquistaram fãs pelo mundo e cavaram espaço, puxadas pela maior de todas, Marta (na foto acima), a nossa camisa 10, campeã das campeãs, exemplo nos gramados e na vida - ao contrário de certos craques da seleção masculina, sobre os quais é melhor nem falar.
O fato é que chegou a vez do futebol feminino, nesta que já é a maior Copa do Mundo da história da modalidade. A partida de estreia, com o Panamá, será transmitida ao vivo pela RBS TV, com cobertura de GZH, em tempo real e com tudo o que a gente tem direito.
E eu vou torcer, sim. Gosto de futebol, apesar do título vexatório deste texto, que provavelmente te trouxe até aqui.
Pois bem. Aí vai a confissão.
Quando eu era adolescente, fui goleira em uma meteórica (e trágica) carreira nos tempos de colégio. Certa vez, em 20 minutos, levei 12 gols. Do-ze. Quase morri de vergonha e decidi parar por ali mesmo (para a sorte de todos nós).
Eu gostava mesmo era de falar, e ali entendi que a minha “praia” era outra: a comunicação. No fim das contas, aqui estou eu hoje, escrevendo em um grande site de notícias, sobre o orgulho de ver as nossas talentosas gurias em campo outra vez. E, espero, com vitória.